quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Ciência na Cultura

Não pense que a Ciência é algo restrita a livros, filmes de Ficção e Documentários. Ela está muito presente também na cultura popular e também na Música.
Alguns compositores foram iluminados pela luz da Sapiencia e escreveram obras primas que sugerimos que escutem

"A Alma e a Matéria", 
Marisa Monte,Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes:
Procuro nas coisas vagas ciência/ Eu movo dezenas de músculos para sorrir/ Nos poros a
contrair, nas pétalas do jasmim/ ... Procuro na paisagem cadência/ Os átomos
coreografam a grama do chão/ Na pele braile pra ler na superfície de mim/ Milímetros de
prazer, quilômetros de paixão/

"Átimo de pó",
Gilberto Gil e Carlos Rennó (1995), :
Entre a célula e o céu/ O DNA e Deus/ O quark e a Via-Láctea/ A bactéria e a galáxia
Entre agora e o eon/ O íon e Órion/ A lua e o magnéton/ Entre a estrela e o elétron/ Entre
o glóbulo e o globo blue / Eu, um cosmos em mim só/ Um átimo de pó/ Assim: do yang ao
yin / Eu e o nada, nada não/ O vasto, vasto vão/ Do espaço até o spin..

BOA AUDIÇÂO

domingo, 19 de junho de 2011

Homer Evolution

Bom dia... 
Quero deixar para este domingo um pouco de humor e evolução.


"Se você aceitar que as características humanas são variáveis, que essa variação é hereditária, e que há uma luta pela existência, então a evolução pela seleção natural prosseguirá."  (Charles Darwin)

Até Breve.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Oceano com a maior massa marítima do globo...


Estreiou nessa segunda (13/6), às 19h40, na TV Cultura, especial Pacífico Sul. Um mergulho panorâmico no oceano com a maior massa marítima do Globo  
Com um suntuoso arquipélago de 20 mil ilhas, que começa em Nova Guiné – lar de pássaros exóticos e tribos com severos rituais – e termina no paradisíaco Havaí, o Pacífico Sul prova que é berço de um dos principais ecossistemas do mundo na série homônima Pacífico Sul.  Rodado em alta definição, o especial tem ao todo seis episódios temáticos, cada um subdividido em dois capítulos de 30 minutos, e esmiúça os mistérios desta parte do oceano que encorpa aproximadamente 25% de toda a água da Terra.  No roteiro, peculiaridades da fauna, como enguias e caranguejos gigantes, sapos selvagens e lagartas carnívoras; da vegetação regional, como as barreiras de corais; e da geologia, como um vulcão submerso em erupção.


Não percam os últimos dias galera..está ótimo!é um documentário da BBC..vale a pena ver BBC de novo!

Um Biólogo no palheiro: Uma homenagem a Stephen Jay Gould














 Aos cinco anos de idade, um garoto chamado Stephen Jay Gould visitou o Museu de História Natural de NY. Ao ver o esqueleto de um Tiranossauro Rex, decidiu que seria paleontólogo. 


Deu certo: além de paleontólogo, Gould foi historiador da Ciência, escritor e professor da Universidade de Harvard, sendo referência para pesquisadores e estudantes das áreas biológicas e afins. Este, falecido em Nova York, em 20 de maio de 2002, vítima de câncer, escreveu diversos livros, artigos e ensaios abordando a evolução biológica, sendo considerado o maior divulgador científico de sua época. 
Gould acreditava que a seleção natural não consiste na única causa da evolução. Para ele, o acaso era um fator mais substancial, opinião bastante polêmica aos olhares do mundo científico. 


Ele é um dos autores da tese do equilíbrio pontuado, que defende que a evolução não se dá de forma lenta e gradual, e sim em determinados momentos, com bastante rapidez. Após este período haveria, assim, um momento de estabilização destas, por muitos séculos (estase) até ocorrerem novas mudanças, estas geralmente causadas por desastres naturais. 


Assim, a quase ausência de formas de transição nos registros fósseis seria um argumento a favor desta teoria que, para Gould, a seleção natural não contemplaria. 


Stephen utiliza algumas metáforas para elucidar a casualidade destes eventos relacionados à especiação, como a de que a evolução é igual a um filme que, a cada vez que fosse rebobinado e reiniciado, teria um novo final. Assim, seguindo esta linha, em um sentido mais amplo, caso existisse vida em outros planetas ou sistemas, seria bastante improvável que fossem semelhantes às formas viventes que temos em nosso planeta. 


Gould escrevia de forma ousada, mas ao mesmo tempo simples. Começando por assuntos simples ou cotidianos, ele conseguia de forma descontraída e bem embasada transmitir suas mensagens a seus leitores. Estas, bastante originais, na maioria das vezes são controversas ao que o senso comum e a própria classe científica acreditam. Foi ele quem criou a idéia dos magistérios não-interferentes (MNI), uma proposta de respeito mútuo entre ciência e religião, já que, para ele, ambos são importantes para a vida humana, mas não podem ser unificados ou sintetizados. 


Assim, os não-biólogos vêem-no como um forte defensor da evolução, enquanto que para alguns biólogos evolucionistas mais extremos, suas idéias são confusas, mas não devem ser desprezadas, já que são fortes argumentos contra o criacionismo. 


Em um de seus últimos livros, Gould utiliza sua própria doença para exemplificar a estatística e como ela o ajudou a acreditar que poderia sobreviver mais do que os 8 meses que lhe foram atribuídos pelos médicos. Mais uma vez, seus planos deram certo: após 20 anos adoecido, este notável paleontólogo faleceu em casa, entre seus fósseis, livros e familiares. 


Alguns de seus livros: 


• Darwin e os grandes enigmas da vida 
• Lance de dados 
• Pilares do tempo 
• A herança da liberdade 
• O polegar do panda 
• O sorriso do flamingo 
• Full House 
• A vida é maravilhosa 
• A feira dos dinossáurios 
• Quando as galinhas tiverem dentes 
• O fascínio do millennium 
• Os oito porquinhos 
• A falsa medida do homem 
• A montanha de bivalves de Leonardo e a dieta de Worms 
• Um ouriço na tempestade

Por Mariana Araguaia

terça-feira, 14 de junho de 2011

Aula didática e criativa

Boa Tarde

Aí vai uma ótima ideia para se trabalhar qualquer assunto em sala de aula, ou até mesmo uma forma de síntese integradora com a turma. Para uma boa aula não é preciso mais que domínio de conteúdo, planejamento e boa vontade.

Aula sobre vírus, em uma paródia muito criativa.




Letra: Prof. Luciano
Música: Vamos fugir - Gilberto Gil

O saber "entra" pelos sentidos e não somente pelo intelecto".
( Frei Betto )

Até Breve

domingo, 12 de junho de 2011

CARCARÁ em trilha sonora

Boa Tarde

Carcará, você pode nunca ter o visto. Mas, se já assistiu a novela Cordel Encantado, pode ter ouvido uma canção que descreve nosso "gavião", como é conhecido no Brasil.



Nome científico: Polyborus plancus

Características
É um falcão de pernas e pescoço compridos. De cor parda, ele apresenta manchas brancas na garganta, peito e cauda, e possui uma crista negra no alto da cabeça. Mede de 50 a 60 cm de comprimento, possuindo manchas mais claras nas pontas das asas. Um bico grande e curvado. 

Habitat: regiões abertas, áreas cultivadas, terrenos recentemente arrados. Ocorrendo desde o sul do Estados Unidos, México e toda América do Sul.

Alimentação: consome animais mortos em estradas, carcaças de animais devorados por corvos, até insetos e alguns moluscos como, a lesma. Seu sistema digestivo é poderoso e o que não consegue digerir é regurgitado sob a forma de pelotas. 

Devido sua grande distribuição geográfica ná é um animal ameaçado de extinção, mas, algumas espécies tem sofrido um leve declínio pela destruição de seus habitats e a caça. Além disso, a grande distribuição geográfica também tem permitido o surgimento de subespécies.    


sábado, 11 de junho de 2011

Sabe por que favela se chama favela?

Boa Tarde!

Favela, atualmente, designa no dicionário o "conjunto de habitações toscamente construídas". Mas, Favela é uma árvore. Tudo começou com Antônio Conselheiro, um beato peregrino que rodeou o nordeste inteiro pregando contra as injustiças sociais, atraindo milhares de seguidores, muito resistentes. Quando cessou a peregrinação conseguiu reunir mais de 25 mil pessoas em Canudos- BA e criou uma aldeia onde a propriedade e o trabalho eram coletivos, onde as Leis constituídas pela nova República não entravam. Enquanto isso, soldados provindos do Rio de Janeiro tentavam destruir o Arraial de Canudos, mas fracassaram. Em 1897, os soldados montaram a maior força expedicionária do Exército Brasileiro, chegaram a Canudos durante a pior seca do século XIX e encontraram a Favela. Uma árvore espinhosa nas folhas, nos frutos e no tronco. Depois de muita luta, os militares dominaram um morro cheio de pés de Favela e derrotaram Antônio Conselheiro. A maior parte dos soldados que sobraram voltaram para o Rio de Janeiro e instalaram-se atrás do Ministério da Guerra, no Morro da Providência, que ainda existe. Apelidando este morro, de Morro da Favela.
É claro que o termo favela se espalhou por todo o Brasil e provavelmente existam mais favelas do que Favelas. Mas no dicionário também consta: Favela = árvore espinhosa da família Euphorbiaceae. A Favela do sertão, da Caatinga, do Nordeste.



Nome científicoCnidoscolus phyllacanthus

Características Morfológicas

ÁRVORE espinhenta, lactescente e com pelos urticantes, de 4-8 m de altura, dotada de copa alongada ou arredondada e rala.
TRONCO curto e ramificado desde a base, mais ou menos cilíndrico, com casca fina, quase lisa, com presença de verrugas, de 20-35 cm de diâmetro.
FOLHAS alternas, simples, finas e brilhantes, sem pelos em nenhuma das faces, com margens profundamente recortadas, que terminam em pequenos espinhos, com pelos urticantes de até 1 cm de comprimento. Medem entre 8 e 16 cm de comprimento e sustentam-se sobre curtas e espinhentas hastes de 1-2 cm de comprimento.
FLORES brancas, de 4mm de diâmetro, surgem sob as folhas e, de cada haste da flor central, agrupam-se outras tantas ao redor, formando um pequeno guarda-chuva. Flores unissexuais.
FRUTO recoberto por pelos urticantes, parecido com a mamona, do tipo cápsula que espontaneamente se abre em três gomos no período de maturação, liberando as sementes, que são três.
SEMENTE alva, em tons de cinza e marrom, rajada de preto.
FLORAÇÃO ocorre anualmente durante os meses de agosto-dezembro e os frutos amadurecem de dezembro a fevereiro.
USO/ÁRVORE adotada pelo paisagismo em todas as cidades de costa atlântica.
USO/MADEIRA moderadamente pesada, macia ao corte e de fácil apodrecimento. Localmente, utilizada em caixotaria, forros e para lenha e carvão.
USO/OUTRAS UTILIDADES Seco, o látex, derramado dos galhos e tronco, torna-se quebradiço e pode ser aproveitado para iluminação e como remédio balsâmico. As sementes fornecem óleo alimentício e farinha, esta última, rica em sais minerais e principalmente em proteínas. Ambos os produtos ainda sem aplicação comercial, mas habitualmente usados na engorda das galinhas, porcos e ovinos. Quando novas, as folhas e ramos são empregados em forragem animal. Cabras, carneiros, jumentos e mesmo aos bovinos consomem as folhas maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca, alimentam-se dos brotos e casca da favela.

Até breve.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bom dia... este é o mais novo blog sobre o estudo da Biologia, sua investigação e discussão. Temos por objetivo lhe prestar informação e entretenimento. Se você desejar, deixe seu comentário, desde que este seja pertinente, e o que deseja ver em nosso blog dentro do estudo da Biologia e suas práticas pedagógicas.

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FRUTOS
A bondade da mangueira
não é o fruto.

É a sombra.
A térrea,
quotidiana,
abnegada sombra:
no inverso do suor colhida,
no avesso da mão guardada.
Há a estação dos frutos.
Ninguém celebra a estação das sombras.
Assim, o amor e a paixão:
um, fruto; outro, sombra.
A suave e cruel mordedura
do fruto em tua boca:
mais do que entrar em ti
eu quero ser tu.
O que em mim espanta:
não a obra do tempo
mas a viagem do Sol na seiva da árvore
A arte da mangueira
é a veste de sombra
embrulhando o seu ventre solar.
Para o homem
vale a polpa.

Para a terra
só a semente conta.
(Mia Couto)
Até breve.